Na praça da Matriz da Vila Imperial de Nossa Senhora das
Vitórias foi construído o casarão onde Henriqueta Prates morou por muitos e
muitos anos, até que a vila se tornasse cidade.
Suas paredes de adobão, muito altas, abrigaram o amor e
apararam homens e mulheres que, por quatro gerações, contribuíram para o
desenvolvimento desta terra.
Seus ladrilhos de barro sentiram a leveza constante dos
passos cuidadosos de Henriqueta, provendo de azeite as candeias, indo de canto
em canto a tecer, com suas mãos construtoras, lavores para os seus e para os
que em sua porta batiam.
Seus telhados cobriam costumes, mas deixavam que os raios
de sol descessem iluminando o id de cada um, nos sonhos que se construíam no
dia-a-dia.
Casa grande de tantos quartos e salas, de janelas ora
azuis, ora vermelhas, ora verdes, agora vermelhas novamente, teve preservada a
sua forma graças à força de Henriqueta, mulher viga-mestra a sustentar os
princípios do amor e da fraternidade.
Texto da Profª Heleusa Figueira Câmara
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